A noite era pra ser histórica e foi, infelizmente, marcada por um episódio de violência. Santa Helena visitou Maringá pelo jogo de volta das quartas de finais da Série Bronze do Paranaense de Futsal. A equipe comandada pelo técnico Cidrão havia goleado no primeiro duelo e jogava por um empate para conseguir a vaga nas semifinais e, consequentemente, o acesso a Série Prata 2022.
Porém no segundo tempo do duelo, quando os santa-helenenses venciam por 2x0 e estavam muito próximos do acesso a partida teve que ser paralisada por conta de uma confusão envolvendo a torcida presente no ginásio.
Gui Lobo abriu o placar com menos de um minuto de jogo, dificultando ainda mais a missão do Maringá que precisava vencer para forçar a prorrogação. No segundo tempo, aos três minutos Sidnei marcou um golaço após belo passe de Diego, que roubou a bola no ataque e serviu o camisa 3 pra ampliar o marcador.
Os problemas com a torcida da casa começaram já antes da bola rolar. Segundo relatos dos presentes, o goleiro Chicão foi agredido, com um soco, ainda durante o aquecimento. Na segunda etapa, o ala Adauto também foi vítima de agressão no banco de reservas. O fato fez com que o técnico Cidrão encaminhasse toda a equipe para o centro da quadra. A partida ficou paralisada por mais de uma hora e meia, quando então foi suspensa.
Os olhos se voltam, agora, para a Federação Paranaense de Futsal. É ela quem dará o veredito sobre o duelo. Segundo Cidrão, há a expectativa da continuação do duelo, pois ainda restavam 13 minutos para o fim. O restante do jogo, se de fato acontecer, deverá ocorrer em outro local que não seja Maringá e, conforme o treinador, com as despesas de Santa Helena pagas pela equipe adversária. A Federação ainda não se posicionou sobre os fatos.
Santa Helena emitiu uma nota de repúdio após a partida condenando os atos de violência sofridos na noite de sábado (15). Veja na íntegra o que diz a nota:
Mais uma vez, agressores, que se rotulam como torcedores organizados, replicaram atos de covardia e desrespeito contra nossos atletas e equipe de arbitragem. A irresignação por resultados ruins ou derrotas não pode, jamais, se transformar em ameaças ou violência propriamente dita e feita. Há necessidade urgente de rápida resposta da @federacaoparanaensedefutsal. É inadmissível que, nos dias de hoje, no cerne do esporte que foi um dia um traço marcante da cultura nacional, tenhamos que conviver ou pactuar com atitudes deste jaez, contra atletas ou quaisquer outros envolvidos. Importante que se diga BASTA À VIOLÊNCIA e À IMPUNIDADE. O @santahelenafutsall através de sua comissão técnica e atletas, se coloca radicalmente contra toda forma de manifestação violenta contra atletas e demais profissionais atrelados ao Futsal e a qualquer outro esporte, o RESPEITO a todo ser humano, a todo trabalhador, valorizando a convivência pacífica e os direitos à proteção, à vida e ao exercício do trabalho, em todas as suas formas. Atitudes covardes como essas da noite de ontem na cidade Maringá não podem passar em branco, e envergonham o nosso esporte, Confiamos e esperamos que as autoridades competentes, tomem as devidas providências. #paznoesporte