Rosinaldo Mateus, o Dade, líder do grupo de sócios que
comprará o Estádio Beira Lago, declarou todo seu sentimento local que já deu
muitos frutos ao clube Incas. Segundo ele, para que a rica história, recheada
de títulos, não fosse apagada, houve a mobilização para que toda estrutura
fosse adquirida. Dade ressaltou que o amor pelo estádio e a sua honra também
foram pontos cruciais para que a decisão fosse tomada.
- Eu amo esse campo. É uma questão de honra para mim. Eu
estou buscando, de certa forma, preservar a história do Clube Incas. Muitas pessoas
por ai ficam dizendo que gostam do campo, mas não fazem nada para ajudar a
cuidar da estrutura, tanto é que os votos a favor da venda do estádio foram
mais que os contras. Venho há anos me dedicando a tudo isso. Tenho o sonho de
continuar com meu projeto – disse Dade.
Há uma década, Dade vem mantendo toda a estrutura do estádio,
com a manutenção do gramado principal e suplementar. Neste mesmo período, vem
comandando a Escolinha do Atlético Paranaense, que já rendeu muitos frutos ao
futebol santa-helenense. Além disso, dirigiu o Incas nos amadores dos últimos
anos. Hoje atua somente com a categoria veterana, sendo um dos líderes da
equipes.
- Nossa ideia é conservar o campo e melhorar a estrutura
existente hoje. Queremos dar continuidade ao nosso projeto com as categorias de
base, iniciado a muitos anos com o seu Máximo Vasatta. Prova do nosso trabalho é
o amador de Santa Helena, onde muitos atletas já passaram por aqui. Fizemos um
trabalho social, onde em mais de 75 atletas, aproximadamente 25 não pagam –
comentou.
A finalização da compra do Estádio Beira Lago deve acontecer
na próxima semana, com a assinatura dos documentos. Uma assembléia, marcada
para o dia 20 deste mês deverá sacramentar o acordo. Conforme já adiantado, Dade
e seu grupo terão que desembolsar uma quantia equivalente a R$ 700 mil reais,
valor estipulado pela diretoria do Clube Incas para venda do campo. Rosinaldo
Mateus ainda se mostrou magoado por algumas questões.
- As pessoas acham que eu vivo somente disso, mas não. Dou
aula, trabalho na rádio, me viro. Sou digno do que faço. Já cansei de sair 10
horas da noite do estádio, tendo que ligar a luz do carro para cortar a grama.
Agradeço a Deus por isso, mesmo com dificuldades. E muitas pessoas de dentro do
próprio Clube Incas que estão polemizando tudo e não ajudam. Será que outros
que falam do Incas fazem isso? Será que eles tem esse direito de falar alguma
coisa? Deixo essas perguntas – finalizou Dade.