O PSTC comemora a convocação do meia Fernandinho pelo técnico Luiz Felipe Scolari para disputar a Copa do Mundo no Brasil. Assim como havia acontecido com Kléberson em 2002, o clube londrinense tem mais uma das suas revelações chamada para defender a seleção brasileira em um mundial.
Fernandinho chegou ao PSTC com 14 anos e permaneceu até os 17, quando foi para o Atlético Paranaense, em 2003. "Um jogador do futebol amador nos falou sobre um garoto que era bom de bola. Fomos ver e logo de cara vimos que era diferenciado. Aqui sempre jogou em uma categoria acima da sua idade. No Atlético, atuou poucas vezes na base e já subiu para o profissional e de lá nunca mais saiu", conta Mário Iramina, presidente do PSTC.
O dirigente relembra que Fernandinho passou pelas seleções brasileiras de base sub-17 e sub-20, onde foi campeão mundial em 2003, e que essa experiência com a "amarelinha" colaborou para que ele fosse chamado para a Copa.
"A convocação para aquele amistoso contra a África do Sul veio na hora certa, pois ele vivia um grande momento. A temporada pelo Manchester City é muito boa. Ele tem demonstrado toda a sua versatilidade em campo e personalidade por ser o primeiro ano no futebol inglês", comenta Iramina. "Fernandinho sempre foi um exemplo aqui no clube, além de ser muito focado no objetivo de ser jogador. Nunca se deixou deslumbrar pelo assédio".
Coincidentemente, tanto Fernandinho como Kléberson conseguiram convencer Felipão que mereciam ser convocados em apenas um jogo amistoso, as vésperas do anúncio da lista oficial para os mundiais. A única chance do jogador do Manchester foi no duelo contra os sul-africanos, quando ele marcou um golaço de fora da área. "A história dos dois para chegar a Copa é parecida, mas acredito que o Fernandinho hoje é mais experiente, mais rodado do que o Kléberson em 2002", aponta o presidente do PSTC.
A princípio, Fernandinho não está cotado para ser titular, assim como era com Kléberson no Japão e na Coreia do Sul. Porém, ao longo do mundial na Ásia, o volante virou titular e ser tornou peça fundamental na conquista do penta. "Como não disputou a Copa do Confederações e o Brasil já tem uma base montada é mais difícil dele ser titular, mas se tiver chance tenho certeza que dará conta do recado", aposta Iramina.
FÓRMULA DO SUCESSO
Criado em 1994, o PSTC já revelou outros grandes jogadores com passagens pela seleção brasileira como Jádson e Dagoberto. A fórmula do sucesso? "É preciso capitar bem, olhar com cuidado, dar chance e acreditar que o trabalho está sendo bem feito, que realmente acontece", ensina o dirigente.
Hoje, o clube trabalha com 70 garotos nas categorias infantil e juvenil, tem muitos atletas espalhados em grandes times do futebol brasileiro e olha para o futuro. "Quem sabe o Abner não possa ser o Kléberson ou o Fernandinho nas próximas Copas", ressalta Iramina, ao se referir ao londrinense, que hoje está no Coritiba. O lateral-esquerdo foi destaque da seleção brasileira sub-17 no último Sul-Americano e Mundial e já despertou o interesse de clubes europeus.
(Lucio Flávio Cruz)